19 junho 2009

Santa IGNORÂNCIA

Há cerca de um mês, Dona Fulanostreka* levou seu beagle Zébedeu* ao veterinário. Ela se queixava que seu animal não vinha comendo bem, estava apático, preguiçoso e com intolerância a exercícios. Assustado com a obesidade mórbida do animal, Dr. Genicreison* questionou a senhora sobre da alimentação do animal. Com o ar de melhor dona de cachorro do mundo, ela respondeu:

- Doutor, ele come pau e pedra. Ele come arroz, frango, batata doce, fígado, pão doce, pizza, macarrão, encondidinho com macaxeira, peixe, melancia, suspiro, bolacha recheada, feijão verde, buchada, linguiça, queijo de coalho, mamão, lombo, carne assada na manteiga da terra, mugunzá, banana com canela, jerimum, costela de porco, tilápia frita, carne moída e até ração.

Indignado porém nem um pouco surpreso, Dr. Genicreison* condenou a conduta da proprietária e sugeriu a ela que só oferesse ração. Irritada, ela pegou o animal no colo, fez cara de mal e saiu do consultório bufando com o veterinário, que segundo ela, queria matar seu cachorro de fome. Ontem ela voltou ao petshop. Dessa vez, com um poodle de 40 dias já com o bucho pela guela.

O que houve com Zébedeu?! Perguntou o médico. Com os olhos marejados, a varizenta narrou os últimos momentos do infeliz se empanturrando em uma tijela de cuscuz. O cão morreu provavelmente vítima de torção gástrica e da ignorância de pessoas que como Dona Fulanostreka*, criam cães como se fossem os porcos confinados nos quintais de nossos bizavós. Que o poodle tenha melhor sorte.

* Nomes fictícios para história real.

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