31 julho 2008

Entre ASPAS

A Lei Seca meus filhos, é obra dos evangélicos. Foram muitas noites de oração, jejum e vigília para nós conseguirmos essa graça. Agora, nós vamos orar mais ainda para que Jesus transforme cada Bar desse Mundo em uma Assembléia de Deus...Ô Glória!!!

Etelvina*, evangélica e conhecida nossa, sobre a vinda da Lei Seca.

29 julho 2008

ABL: Tô FORA !!!

Outro dia ouvi de dois de meus amigos que eu deveria escrever um livro. Achei a idéia absurda e tosca, imaginem eu, um veterinário remendador de boga de tatu, que gosta de fotografia, cerveja de garrafa e azeitona sem caroço, dono de um cotidiano sem graça e banal, escrevendo um livro?! Pensei, se isso fosse de vera, sobre o que eu escreveria?! Um livro de sacanagem igual ao da Surfistinha?! Já sei, dicas de como fazer o seu filhote fazer xixi no lugar certo!! Não, isso não seria comercial. Aahhh, poderia ser um livro híbrido de política e futebol, onde eu falaria mal do Lula e do flamengo.

E um livro sobre minha vontade de viver no ócio e ganhar muito dinheiro pra isso?! Pronto, um resumo sobre todas as pessoas que eu não tolero. Será que existe gente mesmo alguém que eu não tolero a ponto de escrever um livro?! Ah, lembrei, existe sim, o meu tio Zárak* que tentou por divesas vezes me matar sem fôlego na piscina de plástico lá de casa e quebrou as pernas do meu He-man de brinquedo por pura inveja. Não, essa idéia é patética e eu não me realizaria como escritor. Outro dia li um livro do Paulo Coelho e, sem sacanagem, achei que também era capaz de escrever aquelas idiotices místicas.

Nunca li o Nietzsche, mais dizem que ele começou a escrever assim. Assim como?! Não, não através de um blog, foi escrevendo merda, enxendo linguiça até sair alguma coisa que prestasse. Como o quê?! Sei não, eu já disse que eu não li o Nietzsche e tô cagando e andando se ele chorou... Bom, voltando ao assunto, não vou escrever um livro meus amigos. Salvarei a nossa literatura das minhas asneras, da minha falta de assunto, do ridículo e do nada pra se pensar e refletir. Esse infortúnio, deixo pro Chorão, para Surfistinha, catedráticos de longa data e grande talento, pra não dizer o contrário. Que me desculpem meus dois amigos, mais não vai dá.

27 julho 2008

No STRESS (2a Parte)

Há cerca de 6 dias sinto uma dor de cabeça incômoda mais precisamente na base da nuca. Não é insuportável, mais incomoda e às vezes até chega a me causar irritação. Resolvi usar meu SUS Card e procurei um posto de saúde. Fui atendido por um médico bastante atencioso, devia ter uns 35 anos, barba feita, óculos de nerd, que além de verificar minha pressão, me fez duas dúzias de perguntas requisitanto uma série de exames. Sua suspeita clínica seria Enxaqueca Tensional Episódica (ETE) ou Stress. Ele prescreveu um fitoterápico a base de maracujá, recomendou repouso e exercício físico regular.

Daí eu pensei: Stress porquê?! Por causa das novas responsabilidades do casamento?! Do condomínio, luz, cartão e as novas outras contas pra pagar?! Do plantão infernal da quinta? Dos proprietários de animais que me ligam por qualquer besteira?! Do celular tocando nas horas mais incômodas?! Do pintor de que deixou o serviço pela metade?! Da infiltração no quarto?! Do amortecedor do carro pra trocar?! Dos folgados que estacionam na minha garagem?! Do vasco a beira do rebaixamento?! Que bobagem, não há motivos para esse diagnóstico... Não há motivos mesmo...

25 julho 2008

Sobre FALTA de EDUCAÇÃO

Existem pessoas educadas e mal educadas, certo? Certo. Até então nenhuma novidade. O problema é quando os "mal educados" se tornam maioria. Esses dias cheguei do trabalho, depois de um plantão de 24h, olhos fundos, corpo castigado pelo stress, nervos a flor da pele, doido pra matar um na dentada e me deparei com um carro estacionado na minha garagem. Imediatamente localizei o sujeito e educadamente pedi que o mesmo retirasse o veículo explicando que a vaga era exclusiva para morador do condomínio. Contei até dez, respirei fundo, e me controlei pois o sujeito pestanejou, fez hora e me deu um chá de cadeira e sol quente até fastar o seu peageout mil novecentos e cuspe da minha garagem. Não satisfeito, o camarada passou por mim no corredor e só faltou me derrubar em protesto ao meu "pedido de retirada" do veículo. Mais uma vez, respirei fundo e continuei andando sem esboçar minha vontade de rasgar a jugular dele com meu cortador de unhas preso as chaves do carro. Pensei no trabalho que ia dar pra limpar o corredor de sangue e desisti da empreitada predadora.

De noite, no mesmo dia, sai com a esposa para um happy hour na casa de um amigo e voltei já passava das onze horas. Do portão, observo uma moto estacionada na minha vaga. Estaciono o carro e retiro a bicha, confesso, de forma não muito delicada da minha perseguida garagem. Alguns minutos depois, escuto um cidadão mastigando sebo e reclamando de quem havia retirado sua moto do lugar. Abro a janela e assumo a autoria. Sua namorada esbraveja em defesa do seu macho gritando: "Se as pessoas fossem mais tolerantes, não haveriam tantas brigas no mundo...". Que pacifismo hipócrita!! Imediatamente revido em minha defesa: "E se as pessoas fossem menos folgadas, talvez existissem menos intolerantes..." fechando a janela sem brecha para discussão. Pra concluir o raciocínio meus amigos, volto ao que disse no início deste post quando afirmo que o problema será quando os "mal educados" se tornarem maioria. Decidi desse dia em diante, colocar uma placa com letras garafais, na garagem, com os dizeres: ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO DE INTOLERANTE. Agora só me resta esperar que nenhum "analfabeto" repita o erro...

24 julho 2008

Pérola do ENEM

Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.

João Augusto*, 17 anos, respondendo a questão sobre ecologia.

23 julho 2008

Para ADOÇÃO

Essa é Fofinha. Há 15 dias ela apareceu morta de fome na clínica e nós a adotamos provisoriamente. Se você gosta de gatos e mora em Natal, pode ser um feliz proprietário da mais pura SRD da espécie felina. Se houver interesse é só comentar.

22 julho 2008

I N D I S C R E T O

Cara, você tá mais magro, anda ausente, começo de casamento é assim mesmo, a gente só pensa em sexo, sexo, sexo...

Diogo*, meu chefe, sobre uma "sutil" mudança de comportamento minha, notada por ele, após meu casamento.

18 julho 2008

H E I N ?!

É meu filho, muitas felicidades, 30 é camelo (no jogo do bicho). Camelo é um animal muito, muito, muito... (4 segundos de silêncio)... muito lento, mais é, é, é, é... muito inteligente também. Com certeza, parabéns!!!

Coxinha*, meu parente, me parabenizando pelo aniversário de 30 anos, ontem por telefone.

17 julho 2008

Desde 1978

Às duas horas da madrugada do dia dezessete de julho de mil novecentos e setenta e oito, minha mãe, professora, então com dezoito anos incompletos, sentiu uma enorme cólica depois de misturar ponche de mastruz com rapadura do sertão, resultando em uma enorme bufa que reza lenda, foi ouvida até na cozinha do cabaré La Boquita, em Pau dos Ferros, oeste do RN. O resultado foi o nascimento deste narrador, que agora conta, a quem interessar, sua história de bravura e coragem, que vai desde os tempos de catador de quebra-pedras no quintal do seu avô, até a de cirurgião de boga de Tatu, e que hoje completa, graças ao bom Deus, trinta anos de idade. Pois então lá vai:

Como já foi dito, nasci de madrugada, horário que cu de bebo não tem dono e rapariga manca já arrumou cliente. Minha mãe me deu o nome de Alexandre, que em grego quer dizer, salvador do mundo, e faz referência ao imperador boiola de mesmo nome que conquistou metade do mundo em mil novecentos e cuspe. Meu finado pai, comerciante, contava que o médico quando olhou pra mim, perguntou a enfermeira: Que danado, é?! Que djabo é dez?! Que marmota é essa?! Cruzaram essa mulher com um pé de crote?! Pois bem, elogios à parte, nasci feio e preto da cor de anum. Acho que passei da hora, devo ter queimado feito broa.

Minha infância foi bem eclética. Joguei bola, pião, andei de carrinho de rolemã, empinei pipa, colecionei notas de cigarro, brinquei de botão, bandeirinha, cai no poço, apanhei feito a gota serena no garrafão, quebrei um braço e uma perna brincando de esconde-esconde, fui atropelado quanto tinha dois anos por um fusca e escapei fedendo de uma queda da janela do colégio. Na escola sempre fui o patinho feio. Quase nunca participava das brincadeiras no recreio e sempre tinha meu lanche (duas creme craques, uma banana e suco de laranja azedo), roubados antes do toque para o intervalo. Todo mundo adorava me bater, especialmente meu tio Zárak.

Ainda lembro dos apelidos que me botavam, todos claro, de péssimo gosto. Piu-piu, kuntaquintê, negro-sola, boca de lata, mané mago, cibito, arranca toco, goiamum, e o pior e mais sinistro, o único que me tirava do sério e me doía a autoestima: Robocop. Tudo bem, eu usava aparelho ortodôndico, corretor de colunas e um par de óculos enormes, mas ter algumas limitações físicas não dava a eles o direito de me compararem a um Ciborg. Sempre que entrava na sala, rigorosamente atrasado, todo mundo reproduzia em uníssono, o som do robô policial da série famosíssima dos anos oitenta. No fundo, eles me amavam, afinal se tudo fosse igual, nada seria diferente.

Aos nove anos, fui "convidado" a ser o Saci Pererê em uma peça na escola. Odiei ficar de um pé só durante quarenta minutos, enquanto a jeca da titia lia a estória em voz alta para um auditório lotado, apontando pra mim como seu eu fosse uma estátua pintada de tinta guache preta. Depois disso, fiz o papel de um arbusto que o coelho da Páscoa comia, em vez da cenoura. Concordo, tudo isso é muito tosco mesmo. A propósito por falar nisso, por causa de desse papel, ganhei um apelido, que, bom, deixa pra lá... Já a minha adolescência, foi rodeada de livros de ficção científica, música techno e meia dúzia de revistas pornôs escondidas embaixo do colchão.

Era tachado de CDF, nerd, aquele que a turma repudia por tirar as melhores notas, o sonho de qualquer professora do ginasial. Cheguei a ganhar um prêmio na sexta série por ter tirado onze notas dez no mesmo ano, sendo três delas só em Matemática. Tinha um amigo (não, nós não trocamos os cús) com quem andava, que tinha uma aparência bestial, hoje ele é um médico renomado, nefrologista quem diria. Na época, era o único que me dava atenção ou se interessava pelos mesmos assuntos. Quando vim morar na capital para estudar ele se intrigou e nossa amizade nunca mais foi a mesma. Deus sabe o que faz meus amigos, ah se sabe...

Quando completei quatorze anos, meu pai já tinha falido, era dono de um bar e eu o ajudava como garçom. O bar não progrediu, ele caiu em depressão e se atirou em uma rede. Meses depois, antes de fazer uma viagem por causa do comércio que estava montando, dormiu em casa, era véspera de Natal, nós estávamos na casa de minha avó materna quando o telefone tocou de madrugada. Era minha mãe desesperada, porque ele segundo o médico, tinha sofrido um derrame, um AVC, acidente vascular cerebral. As chances de sobreviver na época eram poucas e ele acabou morrendo nos deixando completamente endividados e falidos. Minha mãe quase surtou, meu avô nos estendeu a mão.

Foram tempos difíceis aqueles. Às vezes tinha impressão de morar em um colégio interno. Detestava a hora de ir para casa, odiava aquela rotina de deveres, deveres, deveres e nada de direitos. Fomos criados a rédeas curtas pela minha avó. Minha mãe tinha ido para Brasília e nós ficamos com nossos avós rigorosíssimos, mais muito queridos também. Nunca faltou nada, nem antes, nem depois. Fomos felizes naquela casa até minha avó falecer seis anos depois do meu pai e nos deixar, novamente, órfãos. Daquele dia em diante, tivemos que andar por conta própria, sem as rodinhas da bicicleta, sem a mãezona, a matriarca, os braços e pernas da família.

Aos quinze anos, uma amiga mais velha, hoje dona de casa, mãe de família e minha amiga do Orkut, me apresentou o sexo. O dela pra ser mais exato. Foi em uma rede embaixo de um alpendre, céu estrelado, escuro, cheiro de sacanagem, aquilo na mão, a mão naquilo e tudo aconteceu mais rápido que beber água com sede. Quando pensei que tinha botado, já tinha tirado e gozado em menos de 30 segundos. Ela olhava pra mim com vontade de me esganar, cara de mulher que o cabra num satisfaz. Tive culpa não, como diria Chicó em o Auto da Compadecida, Só sei que foi assim! Me lembro da cor da calcinha dela. Era vermelho turquesa. Sempre tive memória fotográfica pra sacanagem.

Com dezessete anos incompletos vim morar na capital para estudar medicina, ou melhor, tentar passar no vestibular. Foram três reprovações até desistir e cair no mundo devasso de mulheres, bebida e baladas. Mentira da porra !!! Deixei de ser nerd, assumo, mais adotei outra postura, deixei um pouco os livros de lado e vadiei um pouquinho. Em meados de mil novecentos e noventa e oito, eu então aluno do cursinho Objetivo, lá na rua Jundiaí, centro da cidade, vi o edital para o concurso do vstibular da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, vulgo ESAM, hoje UFERSA. Me inscrevi. Minto, minto. Minha irmã me inscreveu para Veterinária.

Passei entre os três primeiros colocados. Grande merda, né?! Não queria voltar para Mossoró, tinha planos na capital. Morei de favor na casa de um tio, médico, me inspirava nele, era meu Airton Senna na época. Não logrei êxito no quarto vestibular pra medicina e resolvi tentar a veterinária. Essa decisão mudou a minha vida para sempre. Os primeiros períodos foram difícieis. Levei o curso nas coxas, aliás, até o sétimo período pra falar a verdade. Conheci uma moça, olhos castanhos, cabelo ruim, boca carnuda, andar manso, pele clara, sorriso lindo. O nome dela?! I-S-A-B-E-L-A. Tem nome mais bonito que esse?! Ainda mais com MARIA antes do nome.

Mais isso foi depois que sofri um grave acidente. Morreram quatro pessoas, eu e um colega de turma, fomos os únicos sobreviventes. Não gosto de falar nisso, não vou falar disso. Belinha, era como todos a chamavam, e era mesmo, uma flor bela e pequena, belinha. O que mais me atraiu nela foi a inteligência, o jeito disciplinado de ser, o gosto pela liberdade, o olhar, o sorriso, a boca carnuda, a vontade de ser livre. Ela me odiava, onde eu estava, ela saia, me chamava de amostrado, nojento e brega. E era mesmo, usava camisa quadriculada e botas, bebia feito um alambique e só falava em forró e rapariga.

Através de uma amiga fomos nos aproximando e tudo foi rolando aos poucos, bem aos poucos mesmo. Um verdadeiro exercício de paciência. Mudei o visual, escrevi bilhetinhos, passei a escutar rock só pra impressionar a moça. Comprei um All-Star e só ia pra festas undergrounds. Misturada a essa realidade porém existia uma banda. O Morreu Maria Preá, cujo o triangueiro era este narrador e cujas noites de quinta feira na cidade, eram tomadas pelo forró universitário do trio de rapazes embalados pelo modismo e pelo surgimento de bandas como Fala Mansa e Rastapé. Tempo bom, tempo de muita felicidade, muitos amigos, farras homéricas.

Voltando à moça, começamos a namorar no dia primeiro de setembro de dois mil e dois, na volta de uma viagem à Recife. Fomos assistir a uma aula de reprodução e radiologia com dois professores renomados. Voltamos namorados, mas só durou seis meses. Eu, um poço de ciúmes, ela, tinha cedido a minha insistência e acabou se arrependendo. No começo foi um tormento para nós dois. Brigávamos em público, ela me odiava por isso e eu, claro, me sentia péssimo. Quando ela terminou, na páscoa, fiquei mal, perdi disciplinas, fugi da faculdade. Três meses se passaram e nós voltamos a namorar. Conclui a faculdade e voltei para capital. Nunca mais nos separamos.

No carnaval de dois mil e sete, ficamos noivos e em quatro de julho último, nos casamos em uma capela chamosíssima, sob as bênçãos de Deus, da família e dos amigos. Hoje completo 30 anos bem vividos, feliz com minha nova vida, com o trabalho, com a familia e com os meus poucos e fiéis amigos, esperançoso em poder quem sabe completar 40, 50, 60, 70, 80 ou mais que isso, me aposentar e mudar-me com a companheira para um sobrado em Canoa Quebrada, onde espero morrer de velhice vendo o pôr sol do mirante da praia agradecendo a Deus por todas as graças recebidas ao longo da vida. Que assim seja.

16 julho 2008

E S P E R A N Ç A

Minha mãe é professora há quase trinta anos. Acreditem, ela nunca esteve tão feliz e nunca falou tão bem do Lula. Admito, ele finalmente deu uma dentro.

15 julho 2008

DEZ coisas QUE aprendi DEPOIS do CASAMENTO


1) Fazer supermercado pode ser bem assustador;

2) Trocar uma lâmpada pode ser algo bem simples;

3) Mais vale um vizinho do lado, que um martelo faltando;

4) Morar em condomínio requer paciência;

5) Lavar pratos não faz o pinto cair;

6) Máquina de lavar é sem dúvida, o melhor dos presentes;

7) Fazer concessões é sempre a melhor alternativa;

8) Toda casa devia ter no máximo dois moradores;

9) Pagar contas é chato mais trás maturidade;

10)Dormir ao lado de quem se ama, é insubstituível.

13 julho 2008

P O L Í C I A

Dizem que ela existe pra ajudar
Dizem que ela existe pra proteger
Eu sei que ela pode te parar (matar)
Eu sei que ela pode te prender
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Dizem pra você obedecer
Dizem pra você responder
Dizem pra você cooperar
Dizem pra você respeitar (?)
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia


(Polícia - Titãs)

12 julho 2008

P O S T E R I D A D E

Os amigos

São tão raros, que se consagram.
São tão frágeis, que fortalecem.
São tão importantes, que não se esquecem.
São tão fortes, que protegem.
São tão presentes, que participam.
São tão sagrados, que se perenizam.
São tão santos, que rezam.
São tão solidários, que esquecem de si mesmos.
São tão felizes, que fazem a fé
São tão responsáveis, que vivem na verdade.
São tão livres, que crêem.
São tão fiéis, que esperam.
São tão unidos, que prosperam.
São tão amigos, que doam a vida.
São tão amigos, que se eternizam.
Amo todos vocês meus amigos.

(Autor Desconhecido)

11 julho 2008

P O L Ê M I C A

Esses dias participei de um debate a cerca de um dos temas mais discutidos na mídia em geral, nas últimas três semanas: A Lei Seca no trânsito do Brasil. A "mesa redonda" era composta por quatro, incluindo este narrador, que além de ser o "DO CONTRA" algumas vezes fez o papel de mediador nas horas em que os ânimos se alteravam. Pois bem, o primeiro digamos, participante a opinar, foi R.B.C, casado, tosador de animais, concluinte do ensino médio, alcólatra de fim de semana, que esbravejou ser CONTRA a lei justificando que por diversas vezes, guiou o carro alheio embreagado, sem carteira de motorista, em alta velocidade e nada, absoluamente nada, nunca lhe aconteceu.

O cabra não satisfeito com a sua colocação infeliz, ainda completou dizendo que "as coisas só acontecem quando Deus quer...". Jesus, me chicoteia !!! É por isso que sou a favor da prisão perpétua para os chamados dementes e/ou burros voluntários, ou seja, aquele camarada que tem oportunidade e não se esforça para se instruir. Mas tudo bem, embora não concorde, respeito a opinião dele. A segunda a opinar foi Z.M.S, solteira, mestranda em biologia, homossexual, que se mostrou CONTRA por dois motivos: 1)A medida trata o simplório degustador de vinho pós almoço tal qual o cachaceiro de beira de esquina. De fato eles são. Quando se cogita dirigir depois de beber, todos se tornam irresponsáveis, inaptos e potencialmente homicidas.

Motivo 2: Para ela, haverá um aumento considerável na corrupção, uma vez que guardas de trãnsito farão vista grossa a condutores bêbados em troca de propina gorda. Como se a corrupção da polícia no Brasil fosse um problema de hoje, e a obrigatoriedade da lei fosse um fator desencadeante dela. Desculpe Z.M.S, também discordo de você embora defenda o seu direito de expressar o seu ponto de vista. O terceiro a opinar foi J.B.S, funcionário público, casado, pai de três filhos, que mostrou-se em cima do muro porém simpatizante da facção CONTRA a lei, justificando que ele detesta leis e acha que tudo que é proibido é mais gostoso. Ridículo demais!! Só faltou ele narrar o capítulo da Gênese em que a vaca da Eva come a maçã proibida. Tudo bem, já sei, devo respeitar a opinião dele também.

Por fim, a minha opinião, que como vocês devem ter percebido, pelos argumentos já supracitados, é A FAVOR da lei. Sou contra radicalismos mas nesse caso em particular, é um mal necessário. Acho que só com mudança de postura a gente molda o futuro, que a mudança de atitute produz transformações, cura males, torna a sociedade madura e educa o cidadão de modo a respeitar o direito de ir e vir do outro. Se alguém gosta de beber, e eu sou um deles, que pegue um táxi, um ônibus, que ceda o volante a quem não bebeu e livre um inocente do seu vício e de sua arrogância. Respeito quem pensa diferente, acho que é esse é sim um assunto polêmico, mas acredito que nesse caso, o bom senso deve prevalecer. E ponto final.

09 julho 2008

08 julho 2008

A G R A D E C I M E N T O

Queria agradecer em meu nome e de Isabela, a todos que se fizeram presentes ao meu casamento e aqueles que por algum motivo não puderam comparecer, porém enviaram mensagens de carinho e felicitações. Obrigado de coração.

07 julho 2008

Kit LUA DE MEL


02 Pacotes de amendoim sem casca;

01 Ampola de coquetel de arrebite com guaraná do amazonas;

01 Latinha de cana;

02 Limões;

01 Pastilha Halls Preta;

01 Caixa de Camisinhas.

* Kit gentilmente cedido pelos amigos Loro, Mariana, Susana e Tobias, horas antes do casamento. Podem ter certeza amigos, fizemos bom uso dele. Eternamente gratos.

06 julho 2008

Em LUA DE MEL

Comunico a todos que por motivo de força maior, estarei hoje e amanhã de recesso deste espaço, razão pela qual esse post será previamente agendado pelo Blogger. Para minha tristeza, eu, o narrador e minha digníssima esposa, estaremos em lua de mel, passando por maus momentos na horrível e assombrosa Pousada Aruanã, em Canoa Quebrada, Ceará. Desde já, comunico aos engraçadinhos que meu celular permanecerá desligado. Até a volta...

04 julho 2008

Dia do CASAMENTO

Passava das 16h quando de frente para o espelho do quarto, portas trancadas, não contive as lágrimas ao ver o meu reflexo. Um típico traje de noivo. Calça, colete prata, gravata com detalhe, cabelo comportado depois do gel. Daí em diante, um filme de cinco anos passou em sessenta segundos, transpirei vertiginosamente, rezei um pai nosso de joelhos, pedi a Deus felicidade e sai. Em casa, todos eufóricos com a saída do noivo, meu avô era só felicidade e vermelhidão nos olhos. Meus passos em direção ao carro, pareciam infinitos, minha boca seca traduzia o grau do meu nervosismo.

Durante o percurso mais flashes na memória. O primeiro de uma dezena de "foras", a primeira vez que nós ficamos, o primeiro beijo, o primeiro abraço, a primeira vez que andamos de mãos dadas em público, nossa primeira vez, nossa história, nossos planos, tudo, tudo ali, passando pela cabeça enquanto eu percorria pouco mais de seis quilômetros que separavam a casa de meu avô, da capela onde eu me casaria. Cheguei às 17:05h, só havia dois ou três funcionários do cerimonial, eles me viram chegar, sorriram discretamente como quem diziam esse tá apressado pra casar... Devolvi o sorriso gentilmente e entrei na igreja.

A capela estava perfeita. Flores no altar, no percurso da porta até o conchectório, por todo o chão da capela, um perfume exalava no ar um clima de felicidade antecipado. Me sentei na primeira fila e fiquei observando a imagem da Virgem Maria, me perguntando se tudo aquilo estava acontecendo de verdade. Coloquei a mão do bolso esquerdo do fraque, puxei uma caixinha vermelha, eram as alianças. Prontamente polidas, brilhantes, onde se lia por entre os arcos, Alexandre e Isabela. Chorei de novo, agora era de verdade. Verifiquei se a minha ainda cabia no dedo, ensaiei o SIM.

Os convidados começaram a chegar. Primeiro, meu sogro e minha sogra. Depois minha mãe, meu avô e alguns amigos. A medida que a hora passava, meu coração parecia que ia saltar pela boca. Meus olhos marejados denunciavam uma emoção nunca antes vivida. Todos as atenções pareciam (e estavam) voltadas para mim. Alguns riam, outros bricavam. Eu disfarçava bem o stress da espera, enquanto meu intestino ameaçava me trair. Pelo fi-o-fó não passava um cabelo, nem daqueles finos, dos bons mesmo. Era 17:50h quando o mestre de cerimônias me convidou juntamente com os padrinhos, a entrar na igreja.

Quem me conduziu foi minha bizavó de 88 anos. Fiz questão de que fosse assim. Ela pra mim, é um exemplo a ser seguido. Viveu mais de 50 anos ao lado de um homem bom, até que um câncer os separou. Segui em frente, passos curtos, olhos entre o chão e o altar, lembrei do meu pai, queria que ele estive lá, e estava. Segurei a emoção, procurei não prestar atenção na música, tinha que ser forte. Conduzi minha bizavó até a sua cadeira, acomodei-a ao meu lado e fiquei de frente para porta na posição de sentido. Uns 30 metros a frente, tapete branco, pétalas no chão, o cerimonial anunciava a entrada da noiva.

Ao fundo, um sax ensaiou a introdução da marcha nupcial quando foi interrompido pela música Over the Rainbow (Além do Arco Íris), canção que personifica as esperanças e sonhos de juventude sobre um mundo ideal de amor e alegria da personagem de Judy Garland em o Mágico de Oz, belamente interpretado na voz e violão de Simara Carlos, prima da noiva. Por falar nela, estava perfeitamente linda. Cabelos, vestido, sorriso, absolutamente tudo. Não contive a emoção e recorri ao lenço generosamente cedido pelo meu avô, minutos antes da minha entrada. Chorei, chorei e sorri. Desse instante em diante, tudo se tornou indescritível...

02 julho 2008

N A S C E U

Nasceu agora a pouco meu sobrinho João Pedro, pesando 3,9Kg e com 55cm. Ao contrário do que todos possam pensar, ele não nasceu com cara de joelho. Pelo contrário, o neguinho é até enxeridozinho igual ao tio. Bem vindo João, que Deus lhe dê muita saúde e felicidade.

01 julho 2008

A N S I E D A D E [do houaiss]

Substantivo feminino - 1) grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia; 2) Derivação: sentido figurado. Desejo veemente e impaciente 3) Derivação: sentido figurado. Falta de tranqüilidade e/ou receio 4) Rubrica: psicopatologia. estado afetivo penoso, caracterizado pela expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e impreciso, e diante do qual o indivíduo se julga indefeso. Etimologia lat. anxiètas,átis 'id.'; ver ang-; f.hist. 1789 ansiedade, 1844 anciedade. Sinônimos: ver sinonímia de inquietação. Antônimos: ver antonímia de fúria.