27 setembro 2012

As primeiras SEMANAS

 
A decisão de engravidar foi conjunta. Já tínhamos quatro anos de casados e há tempos observávamos os casais e seus filhos nos parques, no circo, na piscina, no clube e etc. Eu particularmente sempre adorei crianças, talvez pelo fato de nunca ter deixado de ser uma. Embora de maneira mais contida, Bela aos poucos despertou a sua maternidade adormecida e logo propôs que engravidássemos. O fato é que ainda existiam impecilhos. Primeiro eram as condições de trabalho, depois o medo de onde deixar o bebê enquanto estivéssemos trabalhando. A estabilidade matou dois coelhos numa mesma cajadada. Trocamos de profissão e de cidade. Procuramos alguns especialistas e depois de aproximadamente um ano e meio tentando, eis que Deus nos agraciou com a boa nova.

Na manhã de nove de dezembro, Bela me apresentou o que parecia ser um termômetro. Estou grávida!!, ela disse com sorriso de ponta a ponta. Pulei da cama como se estivesse deitado em brasas, a princípio a ficha não caiu, saímos as pressas para o laboratório e eu chorei copiosamente quando o exame de laboratório confirmou o que o teste de farmárcia já havia prenunciado. Do resto a biologia logo se encarregou prontamente. Foram trinta e oito semanas de muita ansiedade e noites em claro. Tudo era motivo de debate: nome, sexo do bebê, decoração do quarto e etc. Depois de saber o sexo, tratamos logo de escolher o nome do moleque. Entre várias possibilidades, elegemos Eduardo que significa pessoa do bem. Nosso comerdozinho de rapadura nasceu às 20:05h do dia 27 de julho de parto cesariana. Um bebê forte, 3,4kg, híbrido de pai e mãe. Alguns dizem que ele é cagado e cuspido a mãe, mas do gênio não abro mão! É o meu até no jeito de pedir peito.

Desde o nascimento, já se passaram oito semanas de longas noites mal dormidas, fraldas enxarcadas de xixi e cocô e é claro, o prazer indescritível de ver crescer um ser totalmente e maravilhosamente dependente de nós. Todo dia é uma novidade. O primeiro sorriso, o olhar curioso, os jatos matinais de alojo, os sons emitidos aparentemente sem motivos e as infinitas fotos tiradas de celular, tablets e máquinas fotográficas. Do ofurô ao passeio no supermercado, da primeira vacina a pontual visita à casa das avós, tudo é um flash!! Tem horas que até o choro impiedoso das cólicas soam como música aos nossos ouvidos (tudo bem, essa parte é mentira!). Nosso filho foi como uma bénção, um complemento a uma relação onde o amor crescia (e cresce) cada dia mais. À Deus, aos amigos e parentes, nosso eterno agradecimento e eterno convite para visita. Ah, e uma ressalva: só entra com presente!!!