12 outubro 2007

Dia da CRIANÇA

Graças ao meu bom Deus, fui uma criança feliz. Embora usasse aparelho ortodôntico do tipo freio de burro, óculos fundo de garrafa e todos me chamassem de Robocop na escola, nunca tive maiores constrangimentos enquanto moleque. Jogava bola, embora sempre fosse reserva entre os titulares. Brincava de vôlei, porém nunca alcansava a rede. Fiz karatê e até ganhei medalha de bronze (numa melhor de três). Bom mesmo eu fui na natação por causa da asma. Ganhei medalhas, mas nunca as recebi (era muito novo pra concorrer, daí o prêmio sempre acabava nas mãos do segundo lugar).

Em matéria de brinquedos, tive muitos: O patinete, o F14 dos Comandos em Ação, quase todos os bonecos do He-Man, um Gênius, um ATARI, um pogo-bol com bola laranja, um Redley e uma imitação barata de All-Star na pré-adolescência. Mas o que mais gostava, era sem dúvida, do ioiô master da Coca-cola e do Castelo de Greiscow. Esse último custou uma fortuna pra minha mãe e uma diarista safada lá de casa, "pegou emprestado" e nunca mais devolveu. Ainda cedo ganhei uma gaita. Por causa do barulho horrível que eu fazia (lembrava um fole furado), minha mãe escondeu. Ganhei um atabaque, assumo, era péssimo com ele também.

Brincava de bandeirinha (nisso sim eu era vedadeiramente bom), esconde-esconde, cai no poço (nunca beijei ninguém), garrafão (todo mundo adorava me bater, e o pior, eu também adorava isso, era uma espécie de desafio para fazer parte da "gangue"). Os jogos?! Me saia bem nos de raciocínio tipo adedonha, War, Banco Imobiliário, Ludo e de Xadrez. Outro dia achei um bispo do meu primeiro tabuleiro, ainda de plástico, jogado dentro de uma caixa fedendo a mofo. Depois que virei um CDF metido, abandonei os brinquedos, só queria saber de livros e revistas pornôs embaixo da cama. Passados quase 30 anos, ainda há quem diga que eu nunca deixei de ser criança, e o pior, eu também acredito nisso...

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