02 outubro 2009

Bagageiro de BARRAFORTE

Wilma* morou na minha casa durante praticamente toda minha adolescência. Wilma era uma espécie de babá, lavandeira, engomadeira, faxineira, jardineira, cozinheira e de quebra, em uma fase de minha vida, foi minha A.A.I (assistente para assuntos íntimos). Wilma era uma morena de pernas grossas, cor chocolate, cabelos negros ondulados e sorriso maroto. Tinha verdadeira devoção quando Wilma se dirigia ao tanque e se curvava para lavar minhas cuecas de aba com "mancha de freada no fundo". Aquela visão de bagageiro de bicicleta Barra Forte.


"Oh céus, que formuzura de morena!!" , pensava em voz alta. Minha mãe desconfiava que rolava alguma coisa, meu pai era puro orgulho. Ora, seu filho varrão em pleno ápice hormonal, praticamente um Testoterona-Man, tendo um caso com a empregada. Parecia herança de pai para filho. Quando Wilma voltou para o interior quase morri de tédio. Depois dela, vieram outras, mais ninguém com aquela pegada de chacrete manca. Esses dias reencontrei Wilma no Orkut. Depois de 6 filhos, Wilma não é mais a mesma. Eu também não sou mais o mesmo. Felicidades eternas Wilma!!

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