30 agosto 2010

Política no INTERIOR

Ontem, no auge de meus trinta e dois janeiros, tive a má sorte de ver e ouvir pela primeira vez, um comício eleitoral no interior. A agonia durou pouco mais de duas horas e aconteceu perto de minha residência. No interior, a receita de comício é a mesma: Um locutor tabacudo grita o nome dos candidatos, enquanto o povo sacode as bandeiras recém distribuídas, ao som de um autofalante gasguito e o alarido infernal da inconfundível Lambada dos Bacural.

Os protagonistas, é claro, meia dúzia de corruptos em cima de uma F4000, quatro babão, cinco putas, uns oito capangas brutos pressionando a mundiça a gritar euforicamente o nome dos meriantes em troca de alguns tostões. Em sua maioria, políticos da velha guarda tentando a reeleição e cumprindo tabela em seu curral eleitoral. Pra enganar os bestas, pegue qué-ré-qué-qué e trololó, idioma inventado e copiado dos antigos mártires da enganagem popular.

No Brasil das Sucupiras, é a vez dos Odoricos espalhados aos zilhões nessa terra perdida, comprando votos em troca de meia dúzia de tijolos e/ou dois fardos de comida. E o povo? Esse se faz de "maluvido" e pobre coitado. E no final? Terminada a campanha, faturada a votação, foda-se povo, pistom, foda-se caminhão, foda-se a burrice e a ignorância popular, promessa, meta e programa, é só mergulhar na Brahma e curtir a posição, como assim profetizou Jessier Quirino no mote Comício em Beco Estreito. E por ai vão quatro anos de sanguessuguice do erário público, uma verdadeira banana com "B" maiúsculo para o eleitor de cabresto. Eita Brasil perdido meus Deus!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

massa!

Não disse...

Amigo, gostei do texto e me atrevi a publicar no meu blog, com os devidos créditos, claro.
abraço.

Alexandre Disraelly disse...

Ô irmão, obrigado mesmo!!