Amo-te porque não sei porquês,
num quanto que só sei que não sei quanto.
Amo-te no duplo do que vês
e enquanto assim não vês, amo no enquanto.
Amo-te na calma e no espanto
de que não mais assim ame talvez.
Amo-te de sempre e em todo canto
que exista, que existiu ou não se fez.
Amo-te sem quandos, quais e quês,
sem se, sem todavia e sem porquanto.
Amo-te sessenta dias/mês.
E em cada santo dia e dia santo,
amo-te em todos de uma só vez
e em um de cada vez amo outro tanto.
Antoniel Campos, Pau dos Ferros.
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