A.D.F, 30 anos, casado, médico-veterinário, sai por volta das 8:30h da manhã de sua residência em direção ao trabalho. Dois bocejos, uma coçada de cabeça, um aceno para o 201, um arroto baixinho de BatGut de ontem. D.C.C, 102 anos, sacoleira, está na garagem tirando o carro, abre a boca, dá um bocejo, levanta a mão, acena em câmera lenta e diz em baleiês: Booommmm diiiiaaa meeeu fiiillhooo!!! A.D.F entra no carro, estica os braços e vira a chave, o carro sofre e morre. Ele insiste depois de mais um bocejo e ele pega. Não é a álcool, mais é como se fosse, entendeu?!
No percurso encontra J.P.C, 40 anos, que acena e pergunta também em baleiês: - Ooonndeee vaaaai paasssaaaarrr o Caaarrrnnaavvaall? A.D.F, responde baixinho e lentamente: - No inteiror... - um bocejo - ... e você?! O interlocutor boceja junto e conclui: EEEuuu tttaaammmbbbééémmm. E os dois seguem seus destinos. A.D.F. chega ao trabalho, encontra todos com cara de sono, dá um bom dia em vão, entra no consultório, liga o ar e coxila da mesa. J.D.F, 782 anos, abre a porta e diz em baleiês: Dooouuuttooorr teeemm uummmaaa coooonssssuuuulllltaaa.
A.D.F, lava o rosto, dá mais um bocejo e manda a criatura entrar. F.D.T, uns 18 anos, entra com um poddle T., adulto, com olhar quase fechando de preguiça, faz a queixa, boceja, senta e escora a cabeça do animal do seu colo e ele dorme. A.D.F demora um século examinando o animal, chega a um diagnóstico, assente com a cabeça e ela entende, prescreve a receita, se despede de F.D.T e volta a dormir. O celular toca, ele não atende, continua tocando e ele não atende. Vinte minutos depois chega uma urgência para estragar o seu dia quase perfeito.
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