07 outubro 2008

Democracia BURRA

Eleição no interior é um espetáculo a parte. Carros de som, bandeiras verdes de um lado e vermelhas do outro, barulho de modinhas e jingles toscos de candidatos regados a muito voto comprado e muitas brigas entre militantes. O eleitor se veste dos pés a cabeça com as cores do candidato e sai nas ruas exibindo com orgulho sua opção, mesmo que o candidato seja o prefeito de sempre tentando se reeleger pela enésima vez ou colocar no seu posto, um familiar ou afim em que ele possa mandar depois da posse.

Olhar de cara feia para o adversário é muitas vezes um risco que ninguém quer correr. Depois de apuradas as urnas, os vitoriosos saem nas ruas gritando para todo mundo ouvir que venceram e por derradeiro ainda passam na frente da casa do adversário derrotado fazendo gracinha e dizendo palavras chulas com ofensas sem necessidade. No inteiror é assim: vence quem tem mais dinheiro, quem paga pelo voto, quem deixa feira na casa do eleitor de véspera, quem é mais bonito, quem não tem proposta, quem só tem ganância...

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