13 fevereiro 2008

A P L A U S O S

Era uma vez, em uma cidade não muito distante daqui, um burguês de merda metido que como tantos outros nessa budega de país, se achava o dono do pedaço. Daí que um belo dia, estando em um shopping conhecido da cidade, o estrumezinho resolve bancar o racista e numa conversa ao celular, informa ao interlocutor que estava próximo a uma "negrinha", usando-a como referência para ser encontrado.

A referida "negrinha" era uma juíza federal, substituta na cidade. Interpelado quanto ao tratamento, que caracterizaria racismo (ou injúria racial), o rapaz negou a ofensa e o desentendimento entre eles culminou com a chegada da polícia. A família do playboyzinho, muito influente na cidade, tomou as dores, fez ameaças e jura que o delinquente não chegou a ser preso. Porém a imprensa local desmente o caso e alguns até juram de pé junto que ele foi algemado.

Se foi preso ou não, pouco importa. O que importa é que pessoas racistas devem ser tratadas com o rigor da lei e se preciso for, devidamente punidas, quer seja moral ou financeiramente. Não é mais admissível nos dias de hoje, que alguém receba tratamento diferenciado seja por causa de cor, condição social ou grau de escolaridade. Fico feliz que ainda existam pessoas como a referida juíza, sabedoras de seus direitos e cumpridoras de sua cidadania. Aplausos pra ela !!

4 comentários:

Judson Gurgel disse...

Segundo vi em alguns jornais na época do acontecido, os PMs se recusaram a prender o playboy meliante e racista quando viram de quem ele é filho. Foi necessário a mulher se identificar como juiza para eles terem levado o pacote de estrume e mesmo assim, quando lavraram o fato na delegacia, foi como de injúria comum, que cabe fiança, e não como injúria racial, que é inafiançável...

Se fosse eu ainda estaria lá apanhando...

Brito Filho disse...

Se o cara tivesse dito: - "Estou próximo de uma branquinha..."

O que teria acontecido ?

Creio que nada teria acontecido, pois a pessoa de péle mais clara (existem poucos brancos no Brasil) não se importaria.

O racismo parte, na maioria das vezes, dos negros e dos que querem ganhar os votos dos negros, perpetuando a imagem de que o Brasil é um país racista.

O racismo existe no Brasil, claro. Como existe, e é natural, em qualquer outra sociedade. O que não pode acontecer é que se perpetue uma cultura de ódio racial. Isto não é natural, mas pode ser criada ao longo do tempo, através dos conflitos, os quais são gerados a partir deste racismo estampado e que quer perpertuar a imagem do Brasil racista.

Indico um livro muito bom, com idéias bem formuladas e bem argumentadas, do Ali Kamel: "Não Somos Racistas", que trata deste assunto.

Alexandre Disraelly disse...

Bem colocado esse lance de "O racismo parte, na maioria das vezes, dos negros e dos que querem ganhar os votos dos negros...", mas discordo quando você diz que o racismo é natural em qualquer sociedade. No meu discernimento e creio que, no de outros tantos, somos todos IGUAIS. De qualquer forma, obrigado pela dica do livro e por ter me visitado sempre. Abraço amigo.

Brito Filho disse...

Abração irmão!

Mas discordo do sermos todos iguais. Eu torço pro Flamengo e vc pelo Vasco. E ai?