Ontem a tarde sai do trabalho mais cedo com um objetivo louvável: Comprar presentes para parentes e agregados. Como todos ou quase todos aqui sabem, sou veterinário. Aquele sujeito autônomo, sem carteira assinada, que ganha por produção e diga-se de passagem, não desfruta de férias remuneradas ou 13o salário. Em outras palavras: Um Rola-bosta, Mela-cueca, Zé-Ruela, ou coisa maios ou menos parecida. Logo, esse lance de comprar presentes para todo mundo tem lá seu lado suicida ou kamicaze, haja visto que estou gastando tudo que ganho e às vezes o que ainda nem ganhei...
Observações à parte, passados o stress das filas intermináveis, o entra e sai em provadores, a falsa simpatia dos vendedores, uma dúzia de lojas e um shopping lotado, eis que consigo comprar um presente para cada parente. Mãe, noiva, futura-sogra, irmãs e até os fuleras dos cunhados, serão agraciados com a famijerada lembrancinha. Para mim, apenas o que minha barriga me deixou vestir. Passei do manequim 36 para o 42 em pouquíssimo tempo, como disse minha noiva, devia ter vergonha... Na hora de pagar, não deu outra, tasquei o cartão e mandei tudo para a puta-que-pariu do vencimento. Agora, é só esperar o Natal e esquecer as dívidas do Ano Novo...
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