Estraçalho os papéis a minha frente!
Faço calos nos dedos, sinto dor;
Deixo louco o meu pobre computador
Na procura de um verso mais decente.
Com angústia, esfrego minha mente,
Pra arrancar algum verso com furor,
Mas encontro um vazio no interior
Onde a idéia se esconde no latente.
Olho ao lado, e só vejo os mil papéis,
E devido aos meus erros tão cruéis,
Trava o micro com um verso mal feito.
Enlouqueço, depois eu fico andando,
Olho pra mim, e termino perguntado,
Onde a está o poeta do meu peito?
Por Gilmar Leite.
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