Deveras interessante o que um nobre amigo escreveu em seu último devaneio, sobre um episódio acontecido com ele nos últimos dias. O mesmo falava sobre um encontro a caminho do toilette, com um sujeito, colega de trabalho e adevogado, que perguntado sobre onde seria o banheiro, antes de responder a pergunta, se autoproclamou Doutor Fulano. Para ele, além de ter sido uma demonstração gratuita de arrogância, o sujeito se revelou um camarada ultrapassado fruto do tempo do coronelismo, quando as pessoas baixavam a cabeça e se referiam a qualquer mequetrefe como Doutor ou coronel.
Pois bem, só a cargo de informação, o título de Doutor conferido a médicos e advogados, segundo meu amigo e professor universitário, Judson Gurgel, é mais uma "sábia" invencionisse do nosso ilustre imperador D. Pedro I, que nada tendo pra fazer além de coçar o saco, tomar cachaça, jogar pif-paf e comer as filhas das empregadas, resolveu instituir essa lei marmotenta e ninguém em sã consciência, teve coragem de revogá-la.De lá pra cá, médicos, advogados, dentistas, políticos, comerciantes abastardos, fazendeiros pé-de-chinelo e acreditem, até veterinários (eu sou um deles) são chamados de doutores.
Particularmente não faço a menor questão, até porque sou preto, feio, moro longe e principalemnte, não tenho e nem quero ter, doutorado. Logo, ao contrário de alguns colegas, não faço a mínima questão de ser assim cumprimentado. Lamento que alguns advogados, médicos, dentistas, veterinários em particular, entendam que o título os torne mais importantes que a maioria dos mortais, porém faço minhas as palavras do nobre amigo: "O título de Doutor é pra quem tem doutorado...". Até porque, nossa língua portuguesa tem para cada ocasião, um título que faça jus a cada autoridade. No mais, se alguém discorda da gente, tire as calças e pise em cima, né não Tato?!.
Um comentário:
Postei algo semelhante....isso deveria virar campanha!
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