04 agosto 2007

Santo DE FORA

Ultimamente muitos pensamentos, bons e ruins, tem rondado minha cabeça coberta de caspa. Tenho repensado uma série de coisas, especialmente sobre minha profissão, minha vida pessoal, minha relação com a família e amigos. Ontem sai, tomei umas cervejas com a noiva e meu cunhado, conversamos, rimos e embora o papo estivesse descontraído, algo me faltava...

Terminado o happy-hour, me despedi de todos e fui pra casa. No caminho, pensei em passar em Gil e comer um picado antes do destino derradeiro. Quando parei o carro, percebi aquele senhor calvo, com a maioria dos cabelos brancos, sentado, bebendo sozinho. Era Gil, o dono do bar. Desci do carro, já era madrugada, fazia frio. Seus olhos brilharam e como se adivinhasse minha súplica, me ofereceu um copo e uma cadeira ao seu lado.

Conversamos exaustivamente sobre vários temas e ouvi daquele senhor de 57 anos, quase analfabeto como ele mesmo fez questão de repetir, tudo o que gostaria de ouvir há meses. Os melhores conselhos, as melhores palavras, gestos gratuitos de confiança e demonstração de apreço. Sem dúvida a melhor acolhida desde muito tempo. Foi a decisão certa parar ali antes de ir pra casa . . .

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