25 julho 2011

Síndrome de CHRISTIANE EFE

A minha primeira experiência com drogas foi aos oito anos. Em pleno dia doze de outubro, minha mãe me deu uma camisa do Flamengo de presente. Essa é a do Zico!!, ela disse convicta de que tinha me corrompido. Mal sabia minha progenitora que eu seria salvo mais tarde por meu pai, vascaíno desde criancinha . Depois dessa experiência, um amigo da escola me emprestou uma fita K-7 do Raça Negra. Quando tava começando a ficar viciado, um tio roqueiro me fez quebrar a tinhosa no meio do asfalto. Escuta Raul porra!!

No final do colegial, o cão atentou até que eu comprei por minha conta e risco, um LP do Mastruz com Leite. Decididamente eu já tava na merda!! Comia borracha com cheiro de chiclete, cheirava cola Tenaz e fazia parte de um grupo que roubava carbono de mimiógrafo. Pra quê?! Lembro não!! No auge de minha dependência, passava tardes inteiras vendo Bozo e Vovó Mafalda na TVS, drogas mais leves é verdade, mais tão nocivas quanto meus VHS do Technotronic.  Quase fui internado quando minha mãe me pegou no banheiro com uma revista Hermes!! Tanto barulho por nada!! Era só um CINCO contra UM básico!!

Tive uma adolescência cheia de tentações. Meu primeiro porre foi aos 19 anos. Uma dose e meia de Run Montila com Coca-cola e dois dias inteiros de dor de barriga.  Se merda fosse dinheiro meus amigos... Hoje escuto reggae, bossa nova e pop-rock. Bebo uísque em festa de família e cerveja SeMedão uma vez por semana. Sou chefe de família, pago meus impostos todos os anos e sonho em um dia atravessar o continente de Vespa! Graças a Deus não uso mais drogas, escovo os dentes após as refeições e lavo o pé durante o banho. Acreditem, droga é uma merda!! Meu nome é Alexandre, e eu estou limpo!! 

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