13 outubro 2010

Sobre MÍDIA, política e BLÁ-BLÁ-BLÁ

Não é de hoje que mídia e política andam juntas no Brasil. Basta rever a coisa do ponto de vista histórico. As maiores emissoras de TV do país hoje (leia-se Globo e Record), nada mais são que filhas de concessões apadrinhadas por caciques políticos da  velha e nova guarda, doutores na arte da malandragem e corrupção. E isso é porque nem citei aqui a imprensa escrita, igualmente manipuladora e  oportunista.  Um exemplo clássico do que estou dizendo é a atual campanha presidencial. 

De uma lado a mídia pró-Serra faz de Dilma uma terrorista vingativa, insensível e devota do aborto. Do outro, algozes do tucano relembram os tempos de FHC, a centralização do poder, o pouco amparo social, a estagnação dos salários e as poucas oportunidades de emprego. Muitos afirmam que Serra tem experiência administrativa, outros perguntam onde estava a experiência administrativa de Lula.,  posto que hoje é o mais popular presidente deste Getúlio Vargas. Eterno dilema pois.

E o que se mostra nos debates e horário eleitoral? Acusações,  poucas propostas e conteúdo. No meio do fogo cruzado está o povo. O mesmo que elegeu Tiririca deputado federal e faz jugamentos em sua maioria exclusivamente baseados no que diz a mídia.  É como se a vida fosse um folhetim e o eleitor uma dona de casa que procura antecipar os episódios em revistas de fofocas.  Tal  como a democracia, a mídia é  necessária, cabe a nós abstrair os excessos e votar com bom senso.

2 comentários:

Angelo Baeta disse...

É meu nobre, se nenhum dos candidatos tiverem 50% dos votos válidos, nossa democracia estabelece que a eleição seja refeita e esses candidatos não podem concorrer. Quem sabe não é a oportunidade dos votos brancos?!?

Anônimo disse...

belo texto!