Não é de hoje que mídia e política andam juntas no Brasil. Basta rever a coisa do ponto de vista histórico. As maiores emissoras de TV do país hoje (leia-se Globo e Record), nada mais são que filhas de concessões apadrinhadas por caciques políticos da velha e nova guarda, doutores na arte da malandragem e corrupção. E isso é porque nem citei aqui a imprensa escrita, igualmente manipuladora e oportunista. Um exemplo clássico do que estou dizendo é a atual campanha presidencial.
De uma lado a mídia pró-Serra faz de Dilma uma terrorista vingativa, insensível e devota do aborto. Do outro, algozes do tucano relembram os tempos de FHC, a centralização do poder, o pouco amparo social, a estagnação dos salários e as poucas oportunidades de emprego. Muitos afirmam que Serra tem experiência administrativa, outros perguntam onde estava a experiência administrativa de Lula., posto que hoje é o mais popular presidente deste Getúlio Vargas. Eterno dilema pois.
E o que se mostra nos debates e horário eleitoral? Acusações, poucas propostas e conteúdo. No meio do fogo cruzado está o povo. O mesmo que elegeu Tiririca deputado federal e faz jugamentos em sua maioria exclusivamente baseados no que diz a mídia. É como se a vida fosse um folhetim e o eleitor uma dona de casa que procura antecipar os episódios em revistas de fofocas. Tal como a democracia, a mídia é necessária, cabe a nós abstrair os excessos e votar com bom senso.
2 comentários:
É meu nobre, se nenhum dos candidatos tiverem 50% dos votos válidos, nossa democracia estabelece que a eleição seja refeita e esses candidatos não podem concorrer. Quem sabe não é a oportunidade dos votos brancos?!?
belo texto!
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