É madrugada. Eu sonhava com um passeio familiar com esposa e filho. De repente, ela me acorda fazendo pressão. Tentei revidar, fazia força contrária, mas nunca lidei bem com pressões. Ela estava determinada e eu, só de birra, me recusava a ceder. Tentei negociar silenciosamente, deixando sair o filho fluido. A pressão diminuiu temporariamente mas logo voltou com força total. "Não podia ser de manhã cedo ou depois do café?!", pensei sonolento.
Até que uma hora não tive como correr, ou melhor, tive que correr. Evacuei seguidamente por quase dez minutos. Expulsei a medonha da minha vida para sempre. Olhei para ela mergulhada dentro do vaso, cilindrica, mórbida, vizualizei um caroço de milho da macorronada a bolonhesa e me despedi. Vai MERDA amarelo-esverdeada, vai ó coisa tosca e fedorenta, espólio de uma vida gastronômica prostituída. Agora vou dormir. Bom resto de noite a todos.
2 comentários:
Que massa, poético né? Ou melhor poetiCU...
Bleargh!
Postar um comentário