03 novembro 2011

Missão TANQUE

Ele aproximou-se do tanque incrédulo. Insetos sobrevoavam pratos ainda sujos da noite passada. Talvez formigas gostem mais de lasanha que de hortaliças, pensou. Abriu a torneira, respirou fundo e lavou um pequeno copo escondido entre duas panelas. Aquele copo simbolizava o início daquele que seria decididamente um desafio. Ele praguejou contra a diarista, desejou uma dor de barriga ou quem sabe que seu noivo/marido/namorado broxasse duas noites seguidas.

Dois pratos limpos! Massa! Ainda faltavam uns seis ou sete! Como dois moradores sujam tantos pratos, copos e talheres? Lembrou do tempo em que era apenas um adolescente e seus pais pagavam uma doméstica 24h. Bons tempos aqueles! Ele sujava, ela lavava. Simples assim. Pagando meus pecados, sussurrou. No meio da missão, um rastro de sangue mistura-se com a água. A porra do liquidificador!. Ele odeia lavar liquidificador. Um corte pequeno, mas incômodo!
 
Ele lavou, mas não enxugou...

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