Dez anos se passaram até ela perceber que seu animal precisava de um banho. Depois de muito relutar em pagar dez reais pelo serviço, ela resolveu levá-lo ao pet shop. Pediu ao moço que aplicasse carrapaticidada naquele que era "praticamente um filho" para ela. Assim foi feito. Devido a uma série de doenças já pré-instaladas no miserável, ele não resistiu e morreu. O veterinário encontrava-se em horário de almoço e se quer sabia da entrada do animal na clínica.
Ela precisava de um culpado. Alguém em quem ela pudesse descarregar todas as suas frustrações, justificar sua má conduta enquanto proprietária do animal. Quem ela escolheu? Bingo! O veterinário!! Durante três longos anos eles travaram uma guerra na justiça. Hoje ele recebeu um telefonema. Acabou. Ele ganhou em todas as instâncias. Perdeu o ânimo, a vontade de ser veterinário, mudou de profissão! Quem sabe um dia volte. Quem sabe um dia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário