Outro dia ouvi de um familiar: "Por que os bancários fazem greve?". A resposta é tão simples como dois e dois são quatro. A primeira justificativa e talvez mais plausível de todas é que os lucros dos bancos crescem a cada ano (em média 32%), em contrapartida os bancários possuem salários defazados há pelo menos oito anos e bem abaixo da média do mercado. Em alguns casos, o piso não chega se quer a três salários mínimos. Visando lucros cada vez maiores, os bancos impõem metas cada vez mais inatingíveis, obrigando os funcionários a venderem produtores que os clientes não querem e/ou não precisam, fazendo com que a classe viva em constante stress, pressão e assédio moral. Segundo estudos, a profissão de bancário entrá entre as três mais estressantes na atualidade no Brasil.
Investimentos em segurança são cada vez mais restritos, ao passo que a bandidagem, cada vez mais armada tornam a atividade bancária um verdadeiro salve-se quem puder. Só de janeiro pra cá, 18 pessoas foram mortas envolvendo assaltos a banco no Brasil. A maioria das instituições garante que investe em segurança, mais é sabido que a porcentagem destinada a esse fim é quase ínfima. Poderia passar dias justificando o motivo pelo qual nós fazemos greve. A greve é um direito legítimo e constitucional. Não somos bandidos como dizem por ai. Não roubamos ou tiramos nada de ninguém. Existe uma "sutil" diferença entre banqueiros e bancários. Temos direitos e deveres. Somos pais de família, pagadores de impostos e ansiosos por melhores condições de trabalho e vida. E ponto.
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