17 abril 2010
Pedra e VIDRAÇA
Sexta-feira, 21:30h, fila do caixa eletrônico do Banco do Cazaquistão. Um senhor de baixa estatura, bigode proeminente, camisa do fluminense, cigarro na boca, me olha fixamente e diz:
- Isso é um absurdo, você não acha?!
- Pois não senhor?
- Esse banco tratar os clientes com essa falta de respeito!
- Do que o senhor tá falando? - Pergunto me fazendo de doido.
- Não bastasse 3 terminais, só 1 funciona pra saque. Um absurdo!!
- É, isso é errado.
Ele respira fundo, continua de braços cruzados e tasca a venenosa:
- Se eu pudesse soltava uma bomba em todas as agências desse banco.
Travo o arengueiro só de pensar eu correndo cabeça fora.
- Como assim senhor?!
- Esse é o pior banco do Brasil. Fazem uma propaganda bonitinha, cheia de gente sorrindo, família feliz, camarada andando de iate e no cliente só empurram o ferro!!! Você não concorda meu jovem?!
Passo a mão na cabeça e respondo quase susurrando:
- Sim, sim...claro.
O senhor se dirige ao caixa, tentar sacar, não consegue e sai cuspindo fogo pelas ventas. Naquele momento, lembro do tempo em que era pedra e não vidraça, e lá no fundo, acabo concordando com ele...
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2 comentários:
Vou lhe dar um conselho de amigo: quando algum cliente te abordar no banco, desconverse, diga que não sabe e mande ele procurar "aquele gerente alí ó!"...é o melhor que vc faz. Eu faço assim.
Não falo com cliente, na saída do banco, nem fudeno!!!
;D
Boa parte da culpa é da burrice do usuário do sistema bancário mesmo...
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