Prezados todos,
Eu tinha 16 anos e me chamava de Rex. Fui um genuíno vira-latas nascido na rua e adotado por uma família de classe média. Na única vez que me levaram ao veterinário, eu mal sabia andar. Ganhei presentes, roupas, brinquedos e ossinhos coloridos. Me chamavam de bebezinho, fofinho e meia dúzia de outros diminutivos carinhosos. Não me faltava água e ração de boa qualidade. Os anos se passaram e aos poucos tudo foi mudando radicalmente. Fui chamado de fedorento, rabujento e até de inútil. Virei persona non grata na casa e ganhei um espaço escuro e fedido nos fundos da lavanderia.
Me prendiam rigorosamente todos os dias a uma corrente e quando não me esqueciam, o cárcere chegava a durar todo o final de semana. Passei por chuva, sol escaldante, fome e sede de três dias. Cheguei a ter inveja dos pássaros e sua liberdade, enquanto eu estava ali, condenado a pagar pelo crime de ter envelhecido. Em uma manhã de sábado, acordei com dores por todo o corpo. Do meu nariz, saia um fio de sangue escuro e por todo o corpo brotavam feridas enormes e sem explicação. As poucas sobras eram cada vez mais escassas, os parasitas no meu corpo me consumiam as forças.
Entrei em colapso e desmaiei seguidas vezes. Certa vez, um das poucas vezes que recuperei a consciência, percebi um silêncio incômodo e tive certeza de que tinham me largado a própria sorte. Inerte no chão da cozinha, senti frio, sede, fome, por três semanas até que a porta se abriu. Um casal de idosos me socorreu e sem recursos, eles pediram ajuda a um veterinário que concordou e me atender gratuitamente. Apesar da boa vontade do médico, ele nada pode fazer exceto abreviar meu sofrimento e me proporcionar uma morte digna. A você doutor, minha eterna gratidão.Adeus,
Rex
Rex morreu vítima do SER HUMANO. Se você caro leitor, souber de alguma situação parecida com essa, não exite em denunciar a delegacia do meio ambiente. Maltratos a animais é crime inafiançável. Não permita que mais animais sejam vítimas da maldade humana. No mais, bom início de semena a todos!!
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