É deveras interessante o que André Petry, colunista da Veja, escreveu sobre a opinião da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a respeito do que ela entendia sobre o significado da palavra racismo. Segundo Petry e o resto da imprensa, Matilde teria dito em entrevista à BBC inglesa, que achava natural que existisse racismo do negro contra o branco no Brasil, haja visto que, quem foi açoitado a vida inteira, não tenha mesmo a obrigação de gostar de quem o açoitou.
Ora, nessa linha de raciocínio, o racismo é uma discriminação de mão única. Se um negro hostiliza um branco não é uma coisa boa, mas sim uma vingança compreensível pelo açoite de séculos - já branco hostilizando negro é racismo. E em que categoria a ministra icluiria a imensa massa de brasileiros pardos, filhos da miscigenação entre açoitados e açoiadores?! Eu mesmo, já fui várias vezes, vítima de racismo. Em um dos episódios narrados aqui neste espaço (procurar arquivo), fui confundido no trabalho com um meriante só por não estar de branco ou usando um estetoscópio no pescoço.
Acho mesmo que nossa ministra perdeu uma grande oportunidade de ficar calada . . .
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