Hoje, por motivos de força maior, tive que me desfazer dele. A primeira vez que nos vimos foi em novembro de 2002, quando ele tinha acabado de nascer. Filho de uma prole de três, ele era o mais franzino, o mais feio, acreditava até que não iria vingar. Aos poucos foi reangindo, tornando-se forte, querendo viver. . . Na época, fazia veterinária em Mossoró, logo, tinha que levá-lo comigo.
Na primeira semana, o motivo de força maior obrigou-me a dá-lo. Tinha acabado de me apaixonar por minha atual namorada, e achei por bem, dá-lo de presente. Seria unir o útil ao agradável. Nas primeiras semanas, ele adoeceu, fizemos transfusão de sangue e tudo, felizmente, ele venceu a morte novamente. Passados os transtornos, tivemos que nos mudar pra Natal após minha formatura, de modo que ele voltou comigo.
Fomos felizes até o motivo de força maior resolver nos infernizar de novo. Pensei que seria melhor me desfazer dele. Doá-lo a uma família que realmente podesse lhe dar todo o carinho e amor que ele merece. Encontrei um candidado a dono, doei hoje. Foi duro ver aqueles olhos safados olhando pra mim e balançando o rabo em despedida. Espero que tenha feito a coisa certa.
2 comentários:
Fica assim não ...
Compreendo sua dificuldade em dá-lo, mas nunca o motivo para tal sacrifício.
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